BALADA PARA SOPHIE
de Ana Lázaro a partir do livro homónimo de Filipe Melo com ilustrações de Juan Cavia
ESTREIA 27 MARÇO 16H00
Dia Mundial do Teatro
31 MARÇO A
2 ABRIL
QUI a SAB às 21H30
AUDITÓRIO MUNICIPAL
FÓRUM CULTURAL DO SEIXAL
encenação, espaço cénico, figurinos MARIA JOÃO LUÍS
com ANA SARAGOÇA, ANDREAS PIPER, INÊS CURADO, RODRIGO SARAIVA, SÉRGIO GOMES, SÍLVIA FIGUEIREDO, TADEU FAUSTINO e ANTÓNIO FRAGOSO, FILIPE GOMES, PAULO AMADO
tema musical Balada para Sophie FILIPE MELO
desenho de luz PEDRO DOMINGOS
fotografia ALÍPIO PADILHA
caracterização CIDÁLIA ESPADINHA
voz-off TOBIAS MONTEIRO
cabelos LUÍS LEMOS
produção executiva DIANA ESPECIAL
costureira INÊS REIS CORREIA
assistência de produção FILIPE GOMES
direcção de produção PEDRO DOMINGOS
produção TEATRO DA TERRA 2022
M/6
A partir da narrativa do livro, sugere-se, mais do que uma recriação da história, uma tradução e reinvenção para a linguagem do teatro, numa abordagem inspirada pela impressão imagética e poética da obra, bem como pela sua riqueza narrativa, que se pretende fazer crescer em palco, num espetáculo dedicado ao Público jovem e adulto.
Conta-se a história de um pianista envelhecido, doente e amargurado por uma vida ambivalente e pautada por excessos, desvios, mágoas, sucessos e música. Julian Dubois, o protagonista desta história, é um dia visitado por uma jovem jornalista, que quase inesperadamente o leva a desenrolar o fio das suas memórias. Enquanto leitores, e doravante, espectadores, seremos convidados a mergulhar nessas memórias, que se diluem numa infância pautada pelo rigor frio e rígido de um metrónomo autoritário; na juventude invadida pela ocupação nazi; no período pós-guerra, mas também nos submergem numa irredutível solidão; na força dos fantasmas familiares que sufocam e impõem com ambição desmedida pelo sucesso e poder; na violência de um caminho errático, de fuga e alienação, na procura de uma identidade perdida entre cicatrizes…No eterno confronto de inveja e admiração de Julien com François Samson – o pianista judeu que fazia o piano voar sobre a cabeça da plateia enquanto tocava… Mas sobretudo, este mergulho enlaça-nos nas ligações humanas e de amor que permanecem, mesmo que escondidas, como um segredo guardado numa pauta.
O espetáculo assume este espaço de onde brotam as memórias vivas de Julian Dubois: os atores desdobram-se em personagens, numa linha nem tanto cronológica, mas mais sensorial, como como num sonho acordado – que recupera os acontecimentos e capítulos, as emoções e imagens da vida de um personagem que nos convida a entrar na sua história. Procuram-se reinventar as possibilidades de riqueza estética e visual, mas também os diversos ambientes, capítulos históricos e impressões emocionais despoletadas pelo traço do desenho, a partir do jogo teatral.
E do mundo plástico da Banda desenhada, ao espaço concreto cena, quem sabe, um piano possa mesmo flutuar sobre as nossas cabeças...
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